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quarta-feira, 3 de junho de 2009

O que é comunicação...

COMUNICAÇÃO INTERNA

De: Diretoria Industrial
Para: Gerentes de Divisão

Na próxima 6a. feira, aproximadamente às 17 horas, o Cometa Halley estará visível nesta área. Trata-se de um evento que ocorre somente a cada 76 anos. Assim, por favor, reúnam os funcionários no pátio da fábrica, todos usando capacete de segurança e explicarei o fenômeno a eles. Se estiver chovendo, não poderemos ver nada. Nesse caso, reúnam os funcionários no refeitório e mostrarei a eles um filme científico sobre o cometa.

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De: Gerentes de Divisão
Para: Gerente de Produção

Por ordem do Diretor Industrial, na 6a. feira, às 17 horas, o Cometa Halley vai aparecer sobre a fábrica. Se chover, por favor, reúnam os funcionários, todos usando capacetes de segurança e os encaminhem ao refeitório, onde o raro fenômeno terá lugar, o que acontece a cada 76 anos.

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De: Gerente de Produção
Para: Chefes de Produção

A convite do Diretor Industrial, o cientista Halley, de 76 anos, vai aparecer no refeitório da fábrica, usando capacete, para fazer uma demonstração sobre fenômenos celestes. Se chover, o Diretor Industrial dará outra ordem, o que ocorre a cada 76 anos. Será 6a. feira, às 17 horas.

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De: Chefes de Produção
Para: Mestres

Na 6a. feira, às 17 horas, o Diretor Industrial, pela 1a. vez em 76 anos, vai aparecer no refeitório da fábrica com o Sr. Halley. Todo mundo deve estar lá, pois vai ser apresentado o problema da chuva na segurança. Se chover, o Diretor Industrial levará a demonstração para o pátio da fábrica.

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De: Mestres
Para: Funcionários

Todo mundo deve estar vestido com segurança no pátio da fábrica na próxima 6a. feira, às 17 horas. O Diretor Industrial e o Sr. Halley, cientista famoso, estarão lá para falar sobre os fenômenos da chuva. Caso comece a chover mesmo, é para ir ao refeitório na mesma hora. O exercício será lá, o que acontece a cada 76 anos.

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OS FUNCIONÁRIOS COMENTANDO ENTRE ELES:

Na 6a. feira, o chefão da Diretoria Industrial vai fazer 76 anos e convidou todo mundo para uma festa, às 17 horas, no refeitório, com chuva ou sem chuva. Vão estar lá, convidados pelo chefão, Bill Halley e seus Cometas. Todo mundo deve estar de capacete, porque a banda é muito louca e o rock rola solto.

sábado, 23 de maio de 2009

Não basta ser namorado

Era uma vez um homem que tinha uma floricultura e alguém que vivia por entre flores, só podia entender muito de amor.

Verdade, ele entendia!
Tinha histórias muito interessantes para contar.
Às vezes, eu criança ainda, passava por lá e se o encontrava desocupado, sempre parava para ouvir algumas delas. Desde pequena, eu já percebia que aquele homem era um sábio em se tratando de amor e isso me anestesiava quando eu ouvia as histórias que ele vivenciara. Mas de todas que ele me contou, houve uma que eu nunca esqueci e vou contá-la para vocês exatamente como ele me contou. "Pequena (ele me chamava assim), o amor não precisa ser dito, ele é sentido; e quando sentido, é possível vê-lo; ele toma formas reais, deixa de ser abstrato." Eu pouco pude entender isso naquela ocasião, mas tive vontade de ver o amor com meus próprios olhos; tive curiosidade de saber se ele era perfeito, se era bonito, se irradiava luminosidade.

Bem... mas vamos à história.

Era dia dos namorados, um rapaz entrou correndo em sua loja e disse-lhe:

- Por favor, senhor, providencie-me um buquê de flores.

- E que tipo de flores você quer?

- Qualquer tipo. Só quero que seja algo que faça vista; pode ser o mais caro que o senhor tiver aí.

- Está certo. Então tome o cartãozinho para você escrever
- Não tem necessidade, é para minha namorada e como hoje é o dia dos namorados, ela saberá que é meu.

- Você que sabe, mas no seu lugar, eu escreveria.

- Não posso, estou com muita pressa! Vou levar meu carro para lavar. Depois que o rapaz se foi, o senhor ficou ali a pensar como alguém poderia enviar flores sem as escolher, sem escrever um cartão com uma bonita dedicatória... mas, enfim preparou um bonito buquê e mandou para o tal endereço pensando...
"Coitada dessa moça!"

Algumas horas depois, um outro rapaz entrou na sua loja.

- Senhor, por favor, eu quero mandar uma flor para alguém. Ela é muito especial, mas não tenho dinheiro suficiente para um buquê requintado; sendo assim, terá que ser somente uma rosa, mas faço questão que seja a mais linda que exista em sua floricultura.

- Pois bem, você quer escolhê-la ou prefere que eu escolha?

- Gostaria de escolher, mas aceito a sua sugestão porque tenho certeza que o senhor entende bem disso.

- Será um prazer! É sua namorada, não?

- Não senhor... ainda não... mas isso não é importante; o importante é que eu a amo e acho que hoje é um bom dia para dizer isso a ela.

- Muito bem, concordo com você.

- Talvez eu devesse escolher um botão de rosa, não acha? Afinal, nosso amor ainda não floresceu.

- Muito bem pensado!

Naquele instante o senhor percebeu que o rapaz, como ele, entendia de amor e com certeza estava vivendo um doce amor.

- Por favor, faça o invólucro mais bonito que o senhor puder fazer enquanto escrevo o cartão.

"Meu amor, estou lhe mandando esse botão de rosa juntamente com meu carinho.
A mim, não importa que você não me ame, porque apesar do meu amor ser solitário ele é verdadeiro e sendo verdadeiro, confio que um dia poderá viver acompanhado do seu. Não tenho pressa, amor de verdade não tem pressa, amor de verdade não escraviza, nem exige, apenas se importa em doar.
Um feliz dia dos namorados ao lado de quem você amar.
Um beijo!"

Depois que escreveu o cartão, o rapaz entregou ao senhor e disse-lhe:

- Leia por favor e me dê a sua opinião.

- Perfeito, gostei muito; só faltou um pequeno detalhe, você esqueceu de assiná-lo.

- Não esqueci, não... É que não é importante, por enquanto, que ela saiba quem sou eu. Nesse momento eu só pretendo que ela sinta quem sou eu.

O senhor sorriu e disse-lhe:
Muito bem, meu filho, torço por você!

Passaram-se os dias, os meses e um novo dia dos namorados chegou e novamente o primeiro rapaz voltou a loja.

- Bom dia, senhor, lembra-se de mim?

- Lembro, sim, e então, como vai o namoro?

- Ih...o senhor nem imagina! Depois daquele dia dos namorados do ano passado, ela terminou comigo e eu nunca entendi a razão; agora já estou namorando outra.

- Mas ela não lhe deu nenhuma explicação?

- Ah! deu sim... uma explicação que eu não entendi. Ela me disse que eu a estava perdendo por causa de um botão de rosa.
O senhor entende, não é?
Bobagens de mulher.

- Entendo sim... quem não entendeu foi você!

Não adianta um casal apenas sorrir juntos; eles precisam sorrir das mesmas coisas.

Não adianta apenas caminhar juntos; tem que ser na mesma direção.

Não adianta apenas mandar flores; é crucial que elas cheguem ao seu destino com o perfume.

Não adianta se fazer presente apenas de corpo; é de suma importância que a alma e o coração estejam presentes também.

NÃO BASTA SER NAMORADO É PRECISO ESTAR ENAMORADO!!!!

© Silvana Duboc

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Corações

Dois corações se quebram, se partem,
ao perceberem que juntos não mais se satisfazem.
Um nota que o outro não está dando carinho como antes.
O outro nota que o jeito do olhar está diferente.
Os dois se calam.
Longo silêncio.
Tudo continua como se nada estivesse acontecendo.
Mas os corações sabem que as coisas não estão normais.
Os dias passam, as noites em claro demoram a passar,
os pensamentos fervem, as lágrimas caem do olhar;
e nada se resolve.
Como contar?
Um coração não bate com a mesma intensidade de antes...
O outro também não.
Tudo é muito confuso.
O beijo se torna vazio,
o abraço frio,
o olhar seco.
E o silêncio atrapalha, a verdade e o medo incomodam.
A dor.
A tristeza.
Como contar?
Esse momento chegará, sim, e será duro como um momento
no inferno.
E as lembranças...
não se apagarão.
Nunca.
Dois corações que durante tanto tempo juntos encontraram
dias de intensa felicidade,
agora,
separados,
encontrarão dias de intensa agonia.
Estar sozinho nunca é bom,
e a solidão dói.
Hoje, nessa noite tão escura,
um dos corações (o meu)
toma coragem para dizer.
Mas não liga.
Prefere apagar a luz, dorme, sonha.
E acorda, no meio da madrugada, com a lua vagando pelo céu.
Chora, chora muito este pobre coração.
Vê que esse sentimento não tem fim.
É apenas uma crise, um momento, uma fase.
E passa.
E é exatamente nessa mesma noite
que o outro coração (o dele),
também chora muito.
E também descobre que o sentimento é eterno.
E amanhã, esses dois corações voltarão aos velhos tempos,
e terão momentos de intensa felicidade.

Por que se amam.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Duas perguntas dificeis de responder

Pensem antes de de responder...

1) Se você conhecesse uma mulher grávida, que já tivesse 8 filhos. Dois dos quais surdos, os outros dois cegos e um retardado, e ela tivesse sífilis, você recomendaria que ela fizesse um aborto?

Leia a próxima pergunta antes de responder a esta.

2) Está na hora de eleger um novo líder mundial, e você tem direito a voto. Aqui estão algumas informações sobre os três candidatos:

Candidato A - Está associado à políticos corruptos, e consulta astrólogos. Já teve duas amantes. Fuma como uma chaminé e bebe de 8 a 10 martinis por dia.

Candidato B - Já foi despedido de dois empregos, costuma dormir até o meio-dia, usava ópio na universidade e bebe um quarto de uma garrafa de whisky todas as noites.

Candidato C - Ele é um herói de guerra! Condecorado. É vegetariano, não fuma, bebe uma cerveja ocasionalmente e nunca teve nenhuma relação extra conjugal.

Qual destes candidatos você escolheria?

Qual é sua resposta ?

Pensou bem ?

O Candidato A é Franklin D. Roosevelt.
Candidato B é Winston Churchill.
Candidato C é Adolph Hitler.

Ah! E a resposta para a pergunta do aborto: se você disse sim, acabou de matar Beethoven!

"Interessante, né? Faz a gente parar para pensar antes de julgar os outros. Lembre-se: Amadores construíram a Arca de Noé, profissionais, o Titanic!"

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Por trás das palavras

Fui absolutamente rendida pelo poder das relações virtuais. Acredito que é possível conhecer alguém por e-mail, se apaixonar por e-mail, odiar por e-mail, tudo isso sem jamais ter visto a pessoa. As palavras escritas no computador podem muito. Mas nem sempre enxergam a verdade.

São sete horas de uma manhã chuvosa. Você não dormiu bem à noite. Põe pra tocar um som instrumental que deixa suas emoções à flor da pele. Vai para o computador e começa a escrever para alguém especial as coisas mais íntimas que lhe passam no coração. Chora. Escreve. Olha para a chuva. Escreve mais um pouco. Envia.

São onze horas da noite deste mesmo dia. O destinatário da sua mensagem está dando uma festa. Todo mundo fala alto, ri muito, rola a maior sonzeira. Ele pega uma cerveja e dá uma escapada até o computador. Abre o correio. Está lá a mensagem. Um texto longo que ele lê com pressa. Destaca algumas palavras: "a saudade é tanta... sozinha demais... dividir o que sinto..." Papo brabo. Responderá amanhã. Deleta.

Alguém pode escrever com raiva, escrever com dor, escrever com ironia, escrever com dificuldade, escrever debochando, escrever apressado, escrever na obrigação, escrever com segundas intenções. Nada disso chegará no outro lado da tela: a pressa, a hesitação, a tristeza. As palavras chegarão desacompanhadas. Será preciso confiar no talento do remetente em passar emoção junto de cada frase. Como pouquíssimas pessoas têm esse dom, uma mensagem sensível poderá ser confundida com secura, tudo porque faltou um par de olhos, faltou um tom de voz.

Se você passou a desprezar alguém, pode escrever "não quero mais te ver". Se você ama muito alguém, mas a falta de sintonia lhe vem machucando, pode escrever "não quero mais te ver".

Uma mesma frase e duas mensagens diferentes. Palavras são apenas resumos dos nossos sentimentos profundos, sentimentos que para serem explanados precisam mais do que um sujeito, um verbo e um predicado. Precisam de toque, visão, audição. Amor virtual é legal, mas o teclado ainda não dá conta de certas sutilezas.

© Martha Medeiros