Frase do dia
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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Sofrimento no amor

Vendo o sofrimento de quem ama cheguei a três perguntas tão simples quando a dificuldade de a elas se alcançar. Faço-as de forma coloquial:

1) – Sou eu que faço você sofrer?

2) – Ou é você que sofre por minha causa?

3) – Ou, ainda, é você que sofre por sua própria causa?

O que está acima formulado deve ser encadeado para dar, melhor, a idéia da mistura das linhas de sofrimento que se cruzam no amor: sou eu que faço você sofrer?

É você que sofre por minha causa ou é você que sofre por sua própria causa?

Responder a essas perguntas (leva anos) é essencial na relação de amor. A resposta demandará tempo, sofrimento, em cada caso, será diferente. Se encontrada, melhorará qualquer relação. Ou constará o seu termino. Suprimirei a terceira parte da pergunta (”é você que sofre por sua própria causa?”). Ela existe me milhares de casos. Talvez seja o mais freqüente. Quando a pessoa sofre apenas por sua própria causa, o problema fica reduzido a ela, que deve tratar-se ou buscar alguma forma de melhorar.

Independe da relação amorosa, embora sobre ela faça incidir seus resultados. A pergunta ficará então mais simples: “Sou eu que faço você sofrer ou é você que sofre por minha causa?” Dá no mesmo. Depende de quem diga. Se sou eu que faço sofrer, então são os meus atos, atitudes e ações, os geradores do seu sofrimento. Nesse caso, ou mudo, ou continuarei provocando sofrimentos.

Será uma questão de cessar os atos, ações, atitudes ou comportamentos feitos (consciente ou inconscientemente) para provocar sofrimento, por sadismo, egoísmo, incapacidade de perceber as fronteiras da sua tolerância, ou por raiva, vingança, neurose. Se é você que sofre por minha causa, tudo é diferente, embora igual possa parecer.
Os meus atos, atitudes, reações, comportamentos, mesmo sem qualquer intenção ofendem, fazem mal, danificam, fazem sofrer.

Por que? Porque você sofre por minha causa. O sofrimento não é causado por mim. Ele está em você e eu o causo, ou potencializo. Mesmo não desejando ver você sofrer, pelo simples fato de ser como sou, você estará sofrendo. Não sou eu quem faz você sofrer. O sofrimento é causado por mim. Ser o que sou e quem sou, faz você sofrer, irrita de graça, machuca sem querer.

Na vida e na relação do amor, as duas faces dessa realidade misturam-se, interpenetram-se, atrapalham-se. Num par amoroso há atitudes conscientes, e sobretudo inconsciente, feitas para o outro sofrer e uma tendência desse outro de sofrer por causa do parceiro, independente do que ela faça.

Êta bichinho complicado, esse tal de ser humano. =]

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Amores impossíveis



O que torna os amores impossíveis mais bonitos é justamente a impossibilidade. Esta atrai.
A dificuldade nos impulsiona, nos motiva. Exatamente como o perigo. As pessoas gostam de se medir às dificuldades porque têm necessidade de provar que são mais fortes. Assim, quanto mais difícil, mais o amor parece ser grande, excepcional e único. E quem não quer viver algo grande, excepcional e único?!
Num amor impossível cabem todos os sonhos, todas as perfeições, o mínimo detalhe é idealizado. Colocamos na nossa cabeça que aquela pessoa é exatamente o que esperamos da vida, mesmo se tudo parece contra. Ele fica pra sempre, mesmo se outros amores vêm e vão depois... e deixa aquela sensação de inacabado que nos persegue pra sempre.
Creio que no quebra-cabeças da vida é aquela pecinha que fica faltando para completar o todo. E mesmo se as noventa e nove outras estão lá, é aquela que falta, só aquela que deixa aquela dorzinha estranha que a gente não sabe definir, mas que sente de forma tão nítida e clara.
Acontece de um amor impossível tornar-se possível e isso quase sempre rouba a magia do sentimento. Inconscientemente muitos sabem disso, o que leva pessoas a preferirem viver um impossível que dá satisfação que um possível que pode abrir os olhos para a realidade. Porque uma vez que o amor torna-se possível, acaba a expectativa, acaba o sonho... e o homem foi feito pra ter sonhos, pra esperar por eles! O que explica o porquê de uma pessoa amar outra pela eternidade e nunca se declarar, de certos amores virtuais preferirem continuar no virtual.
Um amor impossível pode marcar uma pessoa mais que toda uma vida vivida ao lado de outra. E no outono da vida, quando o passado se faz mais presente que o próprio presente, é aquele amor que vai fazer brilhar os olhos e lembrar ao coração que ele ainda bate.
O impossível é belo!... como o arco-íris, o horizonte, o céu, o infinito!... que mantém acesa a chama no coração do homem e o faz sentir-se vivo.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Falando de Saudades

Todo mundo fala em saudade, e nós adoramos dizer que saudade é uma palavra que não existe em várias línguas (e realmente, “ Mi manchi”, “I miss you”, ou “je te manque” estão longe de expressar, exprimir o nosso “tô com saudades”).

Só que a saudade que sentimos têm variações. Existem as saudades boas e as ruins, as nostálgicas resignadas, e as doídas. E só quem já sentiu cada uma delas, sabe diferenciar uma da outra. Ao falar (escrever) em saudades, lembro de uma música do inesquecível Luiz Gonzaga, regravada pelo Gilberto Gil, chamada “Qui nem jiló”.
Ela diz assim, em um trechinho:

Se a gente lembra só por lembrar
O amor que a gente um dia perdeu
Saudade inté que assim é bom
Pro cabra se convencer que é feliz sem saber
Pois não sofreu
Porém se a gente vive a sonhar
Com alguém que se deseja rever
Saudade, entonce aí é ruim
[...] Saudade assim faz doer e amarga qui nem jiló

Muito legal a letra desta música, daquelas que a gente para pra pensar no que o cara estava falando. Quando fala …"da saudade que a gente “lembra só por lembrar”, Luiz Gonzaga diz que ela é boa, porque não se está sofrendo.
Acredito que não é bem assim. Sim, pois há casos em que não se sofreu mesmo, e há casos em que se sofreu sim senhor, e como! – só que não se está sofrendo mais, e as saudades então nos dão uma nostalgia gostosa. Mas só são capazes de enxergar esses detalhes, só têm capacidade de sentir esse tipo de saudade, as pessoas que conseguem não guardar mágoa e rancor: você lembra das coisas boas, dá aquela saudade gostosa, mas ela não dói justamente porque você não pensa (ou não quer) viver aquilo de novo; você sabe que já foi, que faz parte do passado, e que é bom que seja assim (afinal tem tanta coisa pra gente viver…).
Normalmente a gente sente esse tipo de saudade de anos bons da vida, de lugares em que se viveu, de viagens feitas, de pessoas amigas que perdemos o contato, etc (claro que amores passados precisam de uma dose maior de compreensão e desprendimento, mas também rola).
Mas tem o outro lado da moeda, né? Achei na internet um texto interessante, que diz:

A saudade é um bicho. Pode fazer-se dele um animal de companhia ou uma fera imprevisível e de difícil doma. Em qualquer dos casos a trela deve andar sempre curta e firme porque sem saudade os bichos somos nós. E, se nos arranhar, há que lamber rápido para apanhar ainda o sabor da ferida fresca”.

Para usar a comparação utilizada no texto, a saudade domada é a boa, a que foi citada lá em cima. A indômita (ou o outro lado da moeda da saudade “boa”), é aquela saudade doída, a dor da falta que a pessoa (ou um lugar, ou um grupo de pessoas ou um tempo da sua vida) faz – e no entanto, você sabe que não tem a menor possibilidade de rever aquela pessoa, reviver aquele sentimento ou então reviver aquela época da vida. É doído justamente porque vc ainda não se acostumou com a idéia de que algumas coisas não vão mais se repetir, não vão mais acontecer – só que vc não queria que fosse assim. Saudade doída sempre tem angústia e frustração dentro dela.
Mas ainda não falei da melhor e mais gostosa das saudades, a saudade boa mesmo: aquela com data pra terminar, aquela que a gente pode matar, aquela que a gente sabe que vai matar.
A diferença entre a saudade “doída” e esta última é praticamente a diferença entre gula e fome: enquanto a saudade que eu chamei de doída é quase um estado famélico, a saudade que a gente pode matar é aquela vontade de comer um doce no fim de semana, depois de uma semana inteira de regime, sabe? Sorte daqueles que têm o privilégio de senti-la.
Tem também um outro tipo de saudades, que julgo ser disparado o pior tipo delas: a saudade do que não aconteceu, a saudade do que não foi vivido; aquilo que o incrivel Manuel Bandeira tão bem definiu como ” A vida inteira que poderia ter sido e não foi”; aquela vida que Fernando Pessoa, angustiado, perguntou um dia : “quem escreverá a história do que poderia ter sido?”.
Ah, essa saudade…não tem tempo no mundo que faça passar…
O segredo está em fazer com que, apesar de doída, ela não infeccione; está em aprender a conviver com ela, e aceitá-la como parte de nós. Está em dar um espaço para ela existir, ao invés de sufocá-la e fazer de conta que ela não existe. Não adianta alguém te dizer “você não deve sentir isso”, porque todo mundo sabe que não deve. Só que fingir que ela não existe não a faz desaparecer certo? Porque afinal de contas, como escreveu Mário Quintana,
Somos donos de nossos atos, mas não donos de nossos sentimentos;
Somos culpados pelo que fazemos, mas não somos culpados pelo que sentimos;
Podemos prometer atos, mas não podemos prometer sentimentos…
Atos sao pássaros engaiolados, sentimentos são passaros em vôo.
Então, melhor deixá-los voar, melhor colocá-los pra fora – porque assim, eles não nos fazem mal. Certo? Pra quem achou esse texto meio sem pé nem cabeça: acho que ele é mesmo sem pé nem cabeça. Mas quem disse que tudo na vida tem que ser milimetricamente racional e ponderado, certo? Gostei tanto do texto da Lady Rasta, que o trouxe nesta tarde de terça-feira, pra que você pudesse também viajar um pouco…
Um tempo atrás, uma matéria na revista Superinteressante, falava sobre as traduções, mencionava (além da eterna dificuldade na tradução da palavra saudade) uma forma que os ingleses inventaram para descrever o sentimento (obviamente, fazendo uma metáfora):

“Quer saber como os ingleses traduzem a nossa representante na lista?
Pegue nostalgia, desejo intenso, tristeza e afeto, misture tudo, adicione açúcar, sal e uma dose de cachaça, tudo isso enquanto ouve algum samba.”

E ainda dizem que os ingleses são frios. Pois não é que eles pegaram direitinho aquele sentido de “molejo de amor machucado” que toda mulher digna desse nome, segundo Vinicius de Moraes, deveria ter?

© Lady Rasta

sábado, 19 de setembro de 2009

Eu amo você e pronto…

Sabe, eu achei que conhecia um pouco dos loucos…
Até que te conheci… Ai então quem enlouqueceu fui eu…
Nunca entendi esses limites… Mas vc me fez ver que não existem.
Por isso tenho medo do seu amor… Me ajuda!
Me ensina como acender a chama da coragem!
A chama do amor louco… Irresponsável, atrevido, sedutor…
Você me enlouquece com teus versos… tuas palavras de amor
e carinho. Fico feliz em saber que sou teu principe.
Gosto dessas tuas loucuras boas…Só você me faz fantasiar
e entrar nas tuas loucuras.
Você me trás de volta a uma realidade maior…
Você me anima por dentro. Trás de volta minha alegria, me
leva junto nos teus sonhos… Fico quietinho…
Só quero ser criança de novo. Viver um novo sonho
contigo meu amor… Sabe? Eu amo você! E Pronto…

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Escrito por Regina Brett, 90 anos...

Para celebrar o envelhecer, uma vez eu escrevi 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais requisitada que eu já escrevi. Meu taximetro chegou aos 90 em Agosto,então aqui está a coluna mais uma vez:

01. A vida não é justa, mas ainda é boa.
02. Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo.
03. A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém.
04. Seu trabalho não vai cuidar de você quando você adoecer. Seus amigos e seus pais vão. Mantenha contato.
05. Pague suas faturas de cartão de crédito todo mês
06. Você não tem que vencer todo argumento. Concorde para descordar.
07. Chore com alguém. É mais curador do que chorar sozinho.
08. Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele aguenta.
09. Poupe para aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quando se trata de chocolate, resistência é em vão
11. Sele a paz com seu passado para que ele não estrague seu presente. ( UMA DE MINHAS FAVORITAS )
12. Está tudo bem em seus filhos te verem chorar.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem ideia do que se trata a jornada deles..
14. Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não deveria estar nele.
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
16. Respire bem fundo. Isso acalma a mente.
17. Se desfaça de tudo que não é útil, bonito e prazeiroso.
18. O que não te mata, realmente te torna mais forte.
19. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda só depende de vocÊ e mais ninguém.
20. Quando se trata de ir atrás do que você ama na vida, não aceite não como resposta.
21. Acenda velas, coloque os lençóis bonitos, use a lingerie elegante. Não guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Se prepare bastante, depois deixe-se levar pela maré.
23. Seja excêntrico agora, não espere ficar velho para usar roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém é responsável pela sua felicidade além de você.
26. Encare cada "chamado desastre" com essas palavras: Em cinco anos, vai importar?
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todos.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo.
31. Indepedentemente se a situação é boa ou ruim, irá mudar.
32. Não se leve tão à sério. Ninguém mais leva...
33. Acredite em milagres
34. Deus te ama por causa de quem Deus é, não pelo o que vc fez ou deixou de fazer.
35. Não faça auditoria de sua vida. Apareça e faça o melhor dela AGORA!
36. Envelhecer é melhor do que a alternativa: morrer jovem
37. Seus filhos só têm uma infância
38. Tudo o que realmente importa no final é que você amou.
39. Vá para a rua todo dia. Milagres estão esperando em todos os lugares
40. Se todos jogassemos nossos problemas em uma pilha e víssemos os de todo mundo, pegaríamos os nossos de volta.
41. Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor está por vir.
43. Não importa como vc se sinta, levante, se vista e apareça.
44. Produza.
45. A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente