Frase do dia
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Gente fina

"Cada um faz o que bem entender com o próprio corpo. Comer com liberdade é um direito e ninguém tem que se sacrificar para atender a um padrão estético, mas que ser magro é melhor do que ser gordo, é.

Pra saúde é melhor, pra se vestir é melhor, pra se locomover é melhor, pra dançar é melhor. Não quer dizer que um gordo não seja feliz. Geralmente, são felizes à beça, mais do que muito varapau.

Mas se fosse possível escolher entre ser magro e ser gordo sem nenhum efeito colateral de felicidade ou infelicidade, sem nenhum esforço, só no abracadabra, todo mundo iria querer ser magro, assim como todo mundo preferiria se cristalizar entre os 30 e os 50 anos. Eu acho. A não ser que eu esteja louca, o que é uma hipótese a considerar.

Porém, melhor que tudo é ser gente fina. Finíssima. Isso nada tem a ver com a tendência atual de ser seca, de parecer um esqueleto ambulante. Gente fina é outra coisa.

Gente fina é aquela que é tão especial que a gente nem percebe se é gorda, magra, velha, moça, loira, morena, alta ou baixa. Ela é gente fina, ou seja, está acima de qualquer classificação. Todos a querem por perto. Tem um astral leve, mas sabe aprofundar as questões quando necessário. É simpática, mas não bobalhona. É uma pessoa direita, mas não escravizada pelos certos e errados: sabe transgredir sem agredir.

Gente fina é aquela que é generosa, mas não banana. Te ajuda, mas permite que você cresça sozinho. Gente fina diz mais sim do que não, e faz isso naturalmente, não é para agradar. Gente fina se sente confortável em qualquer ambiente: num boteco de beira de estrada e num castelo no interior da Escócia.

Gente fina não julga ninguém, tem opinião, apenas.

"Um novo começo de era, com gente fina, elegante e sincera." O que mais se pode querer?

Gente fina não esnoba, não humilha, não trapaceia, não compete e, como o próprio nome diz, não engrossa. Não veio ao mundo pra colocar areia no projeto dos outros. Ela não pesa, mesmo sendo gorda, e não é leviana, mesmo sendo magra. Gente fina é que tinha que virar tendência. Porque, colocando na balança, é quem faz a diferença."

© Martha Medeiros

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Pão com Manteiga

Conta a história que um casal tomava café da manhã no dia de suas bodas de prata.

A mulher passou a manteiga na casca do pão e o entregou para o marido, ficando com o miolo. Ela pensou: "Sempre quis comer a melhor parte do pão, mas amo demais o meu marido e, por 25 anos, sempre lhe dei o miolo. Mas hoje quis satisfazer meu desejo. Acho justo que eu coma o miolo pelo menos uma vez na vida". Para sua surpresa, o rosto do marido abriu-se num sorriso sem fim e ele lhe disse: "Muito obrigado por este presente, meu amor... Durante 25 anos, sempre desejei comer a casca do pão, mas como você sempre gostou tanto dela, jamais ousei pedir!"

Moral da história:

1. Você precisa dizer claramente o que deseja, não espere que o outro adivinhe...

2. Você pode pensar que está fazendo o melhor para o outro, mas o outro pode estar esperando outra coisa de você...

3. Deixe-o falar, peça-o para falar e quando não entender, não traduza sozinho. Peça que ele se explique melhor.

4. Esse texto pode ser aplicado não só para relacionamento entre casais, mas também para pais/filhos, amigos e mesmo no trabalho.

PS: Tão simples como um pão com manteiga!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

De braços abertos

Eu não costumava prestar atenção nessas coisas, mas certa vez caiu no meu colo uma dessas reportagens que falam sobre nossa linguagem corporal, e me dei conta de que eu andava mandando um recado muito malcriado para as pessoas com quem eu me relacionava: tinha mania de conversar com os braços cruzados. O problema disso? Segundo os entendidos, todos. Quem cruza os braços demonstra uma certa resistência em se entregar, não está querendo que invadam seus domínios, assinala que não quer muita aproximação. Dependendo do caso, até que os braços cruzados servem mesmo como um bom escudo, mantém cada um no seu quadrado, mas pô, na maioria das vezes, minha alma, silenciosamente, abraçava a pessoa querida com quem eu conversava, por que nem assim eu desamarrava os braços?

Hábito. Um mau hábito. Hoje estou atenta à linguagem corporal e mantenho os braços soltos, e se me descuido sou até capaz de conversar apoiando minha mão no ombro da pessoa, feito uma comadre abusada. Não tenho mais o corpo fechado, estou desprotegida para o que der e vier. Toda essa introdução pra dizer que, mesmo me esforçando para abraçar a vida, ainda tenho um longo caminho a percorrer até chegar à exaltação carnavalesca de Kiki Joachin, o menino de sete anos que foi resgatado dos escombros do Haiti semana passada e que foi responsável pela cena mais doce dessa tragédia infame.

Kiki, morrendo de fome, morrendo de sede, morrendo de medo, morrendo de dor – morrendo –, não esperou nem meio segundo para, fora do buraco, esticar seus braços feito um mestre-sala na avenida, feito um artilheiro que fez seu gol mil, feito o azarão de todas as apostas que conseguiu vencer o campeonato. Driblou todos os prognósticos, viveu. E comemorou imitando o Cristo Redentor, só que com muito mais alegria – santos fazem milagres, mas jamais sorriem, não entendo por quê.

Então, em homenagem ao Kiki, que a gente nunca mais cruze os braços pra nada, a exemplo também de outro menino de sete anos, dessa vez o britânico Charlie Simpson, que se propôs pedalar sua bike por oito quilômetros em volta de um parque para conseguir doações para o Haiti. O tiquinho de gente arrecadou 132 mil libras, cerca de R$ 390 mil.

Descruzando os braços, a gente se desarma e participa mais da sociedade. Se aproveitarem nossa vulnerabilidade para nos atingirem, a covardia será dos outros, não nossa.

© Martha Medeiros

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Mulheres Modernas

Outro dia, a Adriane Galisteu deu uma entrevista dizendo que os homens não querem namorar as mulheres famosas. É isto mesmo.

Quem ousa namorar a Feiticeira ou a Tiazinha? As mulheres não são mais para amar; nem para casar. São para "ver". Que nos prometem elas, com suas formas perfeitas por anabolizantes, silicones e produtos químicos?

As mulheres dançam frenéticas na TV, com formas cada vez mais malhadas, com seios imensos, cabelos sempre lisos, girando em cima de objetos, enquanto os espectadores se sentem apavorados e murchos diante de tanta "perfeição". Os machos estão com medo das "mulheres-liquidificador".

O modelo da mulher de hoje, que nossas filhas ou irmãs almejam ser (meu Deus!), é a mulher-robô, a máquina-de-diversão sem alma, turbinas de amor, as que vivem em boates e baladas eternas e só pensam em suas roupas e formas.

Que parceiros estão sendo criados para estas pós-mulheres? Não os há. E nem elas parecem precisar.

Os homens "malhados", "sarados" geralmente são homens filhos do mesmo narcisismo de mercado que criou estas novas mulheres, e estes não parecem precisar da companhia delas...

A atual "revolução da vulgaridade", regada a axé e funk, parece "libertar" as mulheres. Ilusão à toa.

A "libertação da mulher" numa sociedade escravista como a nossa deu nisso:

Superobjetos. Acham-se livres, mas aprisionadas numa exterioridade corporal e de comportamento que apenas esconde pobres meninas famintas de amor, carinho e respeito. São escravas aparentemente alforriadas numa grande senzala sem grades.

Mas, diante delas, o homem normal tem medo. Elas são "areia demais para qualquer caminhãozinho" e seus ares de "independência" afugentam qualquer pretensão de algo sério.

Por outro lado, o sistema que as criou enfraquece os homens e não permite o nascimento de laços. Eles vivem nervosos e fragilizados, decadentes, lambendo botas, engolindo sapos, sem o antigo charme "jamesbondiano" dos anos 60. Não há mais o grande "conquistador"; não existe mais o valor pela formação de uma nova família.

Ah, que saudades dos tempos das mulheres "normais", "naturais" e "disponíveis"...

Pois bem, com certeza a televisão tem criado "sonhos de consumo" descritos tão bem pela língua ferrenha do Jabor (eu). Mas ainda existem mulheres de verdade.

Mulheres que sabem se valorizar e valorizar o que tem "dentro de casa", o seu trabalho. E, acima de tudo, mulheres com quem se possa discutir um gosto pela música, pela cultura, pela política, pela família, sem medo de parecer um "chato" ou um "cara metido a intelectual".

Mulheres que sabem valorizar uma simples atitude, rara nos homens de hoje, como abrir a porta do carro para elas, andar descalços na praia no entardecer, uma viagem tranqüila a dois para a serra...

Mulheres que adoram receber cartas com sentimentos expressos, bilhetinhos (ou e-mails) românticos, bouquet de flores...

Escutar no som do carro, aquela fitinha velha dos Beegees ou um cd do Kenny G (parece meio breguinha)...mas é tão boooom namorar escutando estas musiquinhas tranquilas!!!

Penso que hoje, num encontro de um "Malhado" com uma "Turbinada" o papo deve ser do tipo:

-"meu"... o meu professor falou que posso disputar o Iron Man que vou ganhar fácil!.

-Ah "meu"...o meu personal Trainner disse que estou com os glúteos bem em forma e que nunca vou precisar de plástica.

E a música???

Só se for o "último sucesso (????)" dos Travessos ou "Chama-chuva..." e o "Vai serginho" ou "Créu"???...

Mulheres do meu Brasil Varonil!!! Não deixem que criem estereótipos!! Não coloquem-se em prateleiras!!

Não comprem o cinto de modelar da Feiticeira. A mulher é linda por natureza!!

Curta seu corpo de acordo com sua idade; silicone é coisa de americana que não possui a felicidade de ter um corpo esculpido por Deus e bonito por natureza.

E se os seus namorados e maridos pedirem para vocês "malharem" ou colocarem silicone para ficarem iguais à Feiticeira, fiquem... igual a feiticeira dos seriados de Tv:

Façam-os sumirem da sua vida!!!

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Amadurecimento

Aprenda a gostar de você, a cuidar e você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você...

A idade vai chegando e, com o passar do tempo, nossas prioridades na vida vão mudando... A vida profissional, a monografia de final de curso, as contas a pagar. Mas uma coisa parece estar sempre presente... A busca pela felicidade com o amor da sua vida.

Desde pequenos ficamos nos perguntando "quando será que vai chegar"? E a cada novo relacionamento, vez ou outra nos pegamos na dúvida "será que é ela"? Como diz o meu pai: "nessa idade tudo é definitivo", pelo menos a gente achava que era..

Cada namorada era a nova mulher da sua vida. Faziam planos, escolhiam o nome dos filhos, o lugar da lua-de-mel e de repente... PLAFT! Como num passe de mágica ela desaparecia, fazendo criar mais expectativas a respeito "da próxima".

Você percebe que cair na guerra quando se termina um namoro é muito natural, mas que já não dura mais de três meses. Agora, você procura melhor e começa a ser mais seletivo. Procura uma mulher formada, trabalhadora, bem resolvida, inteligente, com aquele papo que o deixa sentado no bar o resto da noite.

Você procura por alguém que cuide de você quando está doente, que não reclame em trocar aquela balada das amigas pelo aniversário da sua avó, que jogue "imagem e ação" e se divirta como uma criança, que sorria de felicidade quando te olha, mesmo quando está de short, camiseta e chinelo.

A liberdade, ficar sem compromisso, sair sem dar satisfação já não tem o mesmo valor que tinha antes. A gente inventa um monte de desculpas esfarrapadas, mas continuamos com a procura incessante por uma pessoa legal, que nos complete e vice-versa. Enquanto tivermos perfume e o carro abastecido, vamos à luta... e haja dinheiro para manter a presença em todos os eventos da cidade: churrasco, festinhas, boates na quinta-feira. Sem falar na diversidade que vai do Forró ao Beatles.

Mas o melhor dessa parte é se divertir com os amigos, rir até doer a barriga, fazer aqueles passinhos bregas de antigamente e curtir o som... Olhar para o teto, cantar bem alto aquela música que você adora.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela mulher que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é a mulher da sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!