Frase do dia
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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Outro tipo de mulher nua...

Depois da invenção do photoshop, até a mais insignificante das criaturas vira uma deusa, basta uns retoquezinhos, aqui e ali. Nunca vi tanta mulher nua.

Os sites da internet renovam semanalmente seu estoque de gatas vertiginosas. O que não falta é candidata para tirar a roupa. Dá uma grana boa.

E o namorado apóia, o pai fica orgulhoso, a mãe acha um acontecimento, as amigas invejam, então pudor pra quê?

Não sei se os homens estão radiantes com esta multiplicação de peitos e bundas. Infelizes não devem estar, mas duvido que algo que se tornou tão banal ainda enfeitice os que têm mais de 14 anos. Talvez a verdadeira excitação esteja, hoje, em ver uma mulher se despir de verdade... Emocionalmente.

Nudez pode ter um significado diferente e muito mais intenso. É assistir a uma mulher desabotoar suas fantasias, suas dores, sua história. É erótico uma mulher que sorri, que chora, que vacila, que fica linda sendo sincera, que fica uma delícia sendo divertida, que deixa qualquer um maluco sendo inteligente.

Uma mulher que diz o que pensa, o que sente e o que pretende, sem meias-verdades, sem esconder seus pequenos defeitos. Aliás, deveríamos nos orgulhar de nossas falhas, é o que nos torna humanas, e não bonecas de porcelana.

Arrebatador é assistir ao desnudamento de uma mulher em que sempre se poderá confiar, mesmo que vire ex, mesmo que saiba demais.

Pouco tempo atrás, posar nua ainda era uma excentricidade das artistas, lembro que se esperava com ansiedade a revista que traria um ensaio de Dina Sfat, por exemplo. - pra citar uma mulher que sempre teve mais o que mostrar além do próprio corpo.

Mas agora não há mais charme nem suspense, estamos na era das mulheres coisificadas, que posam nuas porque consideram um degrau na carreira. Até é. Na maioria das vezes, rumo à decadência. Escadas servem para descer também. Não é fácil tirar a roupa e ficar pendurada numa banca de jornal, mas, difícil por difícil, também é complicado abrir mão de pudores verbais, expor nossos segredos e insanidades, revelar nosso interior.

Mas é o que devemos continuar fazendo. Despir nossa alma e mostrar pra valer quem somos, o que trazemos por dentro. Não conheço strip-tease mais sedutor.
© Martha Medeiros

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Na imensidão silenciosa do tempo

Por mais que nos acorrentemos a passageiras impressões negativas, a prisões morais que fazem nosso espírito sucumbir pelas forças de natureza inferior, nada é assim tão eterno no mundo que vejamos expectativas egoístas serem cumpridas permanentemente. Tudo de mal é tão passageiro, e é verdade, nossas chagas serão esmagadas pelos séculos que virão.

Ajamos no devido tempo, procuremos enxergar com os olhos da alma a imensidão silenciosa e abençoada que o Criador nos coloca diante dos sonhos. E nesse instante de contemplação tão rápido que nos aguarda em impressões renovadoras, repensemos dores e mágoas que habitam nosso interior, realinhando nossos centros de força, trazendo ao nosso encontro as energias positivas do mundo invisível aos olhos carnais, e que nos acolhem pacientemente em nossa esfera.

Durante nossa estadia aqui na Terra, certo que somos impelidos a agir conforme algumas convenções humanas de uma sociedade que ainda perecerá em suas próprias crivas de orgulho e incompreensão, e colherá também os frutos do mérito no bem. Mas, nas controvérsias que atravessam o caminho, permaneçamos sobre a rocha que contruimos dia a dia sobre o amor, esse legado divino que ilumina nossas vidas. O amor é imperecível, tesouro inigualável do coração.

Carreguemos com heroísmo a cruz diante do mal, e do mal que pensarem a respeito das palavras e ações confortadoras vindos de nossas mãos, incompreendidas, julgando-as provenientes de um ser fraco, o tempo há de reformar todos os julgamentos à serenidade da reflexão e atividade no bem.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Algumas maneiras de amar

SER AMÁVEL COM QUEM LIGOU TELEFONE ERRADO.
Ele se enganou e não deve ter gostado disso. Não aumente seu desgosto com um gesto de antipático. Todos desejam ser tratados com doçura.


SER PONTUAL
Não aderir ao péssimo costume de marcar uma reunião para uma hora e chegar uma hora mais tarde.


SABER ESPERAR.
Pode ser que o outro tenha tido um motivo sério para atrasar. Não fazer do relógio um dogma de fé. Não seja escravo do relógio.


OBSERVAR OS GOSTOS ALHEIOS.
Para não contrariá-los, para satisfazê-los quando são legítimos, sobretudo quando se trata de pessoas com as que convivemos normalmente.


PENSAR NOS OUTROS
Deixar de pensar nos problemas que ocupam nossa mente. Pensar concretamente nas preocupações e sentimentos que estão vivendo no seu íntimo as pessoas que nos rodeiam.


ALIMENTAR A COMPAIXÃO.
Não passar às pressas perante as desgraças do outro. Deixar que o drama e o pesar do outro penetrem na gente e nos doam.


PRESTAR FAVORES.
Colocar à disposição dos outros nosso tempo, nossa pessoa. Os apuros do outro podem ser resolvidos muitas vezes pela nossa generosidade.


NEGAR COM BOAS MANEIRAS.
Quando não podemos fazer o favor que nos pedem, saber negá-lo com amor, sem ofender, demonstrando respeito e consideração.


VISITAR DOENTES.
Talvez saibamos por própria experiência como são agradáveis as visitas que recebe um doente. O que nos sentimos naquela ocasião é o que provavelmente sente agora o amigo que está preso a uma cama.
© Pe. Claudino Vanz

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Domando leões

Quando quisermos, poderemos ser mansos e humildes, o que não nos isenta de lutas internas e lágrimas. Entretanto, na maioria das vezes, somos invigilantes e a agressividade toma conta de nós, levando-nos ao afastamento gradativo das pessoas que tanto nos amam e que tanto nos querem bem. Geralmente, as palavras que nos atingem o ego nos fazem retornar ao outro esta mesma energia em forma de cólera vingativa de nosso orgulho, através de palavras e gestos ásperos.

Possamos refletir e domar nossos instintos primitivistas espirituais, no sentido de não almejarmos o patamar de senhores de todas as situações que nos rodeiam, ou nos colocarmos acima das palavras cheias de franqueza que os amigos verdadeiros nos corrigem em troca da simples compreensão e afeto.

O comodismo, ao tomar conta de nossa alma, nos prende ao plano físico e anestesia nosso ego, de forma a trazermos para junto de nós estas mesmas vibrações inferiores, o que nos cega à luz que a Divina Providência tanto nos convida através das oportunidades diárias. São estas amarras, criadas por nós mesmos, as responsáveis pelas trajetórias infelizes e aparentemente vantajosas que tomamos por tranquilidade terrena. Porém, mais cedo ou mais tarde, nossas ações serão chamadas à luz da própria consciência, fazendo-nos enxergar o quão estacionários permanecemos enquanto deixamos de lado a voz tênue e luminosa que está em nossos corações. Nós vemos, mas não queremos enxergar.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

A força do perdão

Quantas vezes evitamos propagar as nuances de beleza na personalidade daqueles que, na verdade, tantas vezes carregam consigo fardos inacessíveis aos nossos olhos?

Todos nós caminhamos em estradas evolutivas muito particulares, e muitas vezes insondáveis ao contato daqueles que nos cercam. Mesmo assim, não raro nos precipitamos em atitudes impulsivas, procurando de alguma forma a condenação dos que caminham ao nosso lado, por seguirem condutas tão diferentes das nossas nas ramificações desta árvore que se chama Vida. E, dia a dia, acumulamos em nossa personalidade, por invigilância moral, o atraso de vida proporcional à essência perdida nas oportunidades de amor das circunstâncias diárias.

A mão pesada que colocamos em julgamento, geralmente agride nossa própria existência em intrigas que dilaceram o próprio coração. Perdoar, ao contrário, engrandece, incentiva ambos os lados à esperança e trabalho no bem comum. Desculpar, portanto, é retórica preciosa e oportuna do tempo presente, onde podemos escolher o crescimento interior como estrada de infinita grandeza em nossas vidas.

Enquanto somos impulsionados a incontáveis acusações maliciosas e desordenadas, pelo vício de comportamento, as horas se perdem nos labirintos que forjamos ao redor de nossos próprios corações, e enquanto a maledicência encontrar espaço em nossas vidas, o perdão continuará sufocado dentro de nós.

Porém, entre tantos descasos de nós mesmos com relação à nossa própria conduta, chega um dia em que faz-se necessário o progresso em nossas atitudes, capaz de despertar a humanidade de sua infância moral, abrindo portas a um renovado estágio de evolução.

Então, quando a boa vontade atingir em nós a prioridade das ações, e os impulsos egoístas forem domados com a mansidão e paciência de quem constrói uma grande fortaleza... Ou quando os pequenos e silenciosos gestos de nossa relutante bondade alcançarem os aflitos que já se perderam nas próprias chagas da ignorância... Quando, em tortuosas lutas internas, invisíveis a olhares cobertos de orgulho e vaidade, doarmos o sorriso e o abraço ao indigente moral perdido também nos pesados desafios da vida... Quando, talvez, finalmente, priorizarmos o cuidado e o respeito àqueles que nos cercam diariamente, em detrimento de nossos próprios caprichos... Nesse dia tão distante, mas tão almejado, não mais nos sentiremos capazes de exigir e constranger os outros a um pedido de desculpas, ou mesmo não nos sentiremos tão ofendidos por mágoa qualquer. A ofensa, que antes nos feria, agora adormecerá nos braços incondicionais do amor e da compreensão, na certeza de que todos, sem exceção, caminhamos palmo a palmo, migalha a migalha, nas estradas do autoconhecimento e da perfeição moral que nos tornam semelhantes na condição humana.