Frase do dia
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terça-feira, 30 de março de 2010

Dicionário de Palavras ao Vento

Arrependimento é uma inútil vontade de pedir ao tempo para voltar atrás;
Belo é tudo que faz os olhos pensarem ser coração;
Carnaval , esta oportunidade praticamente obrigatória de ser feliz com data marcada;
Desculpas, é uma palavra que pretende ser beijo;
Efêmero é quando o eterno passa logo;
Escuridão é o resto da noite, se alguém recortar as estrelas;
Fé é toda certeza que dispensa provas;
Gente: carne, osso, alma e sentimento, tudo isso ao mesmo tempo;
História: quando todas as palavras do dicionário ficam à disposição de quem quiser contar qualquer coisa que tenha acontecido ou sido inventada;
Idade, aquilo que você tem certeza que vai ganhar de aniversário, queira ou não queira;
Janela`, por onde entra tudo que é lá fora;
Lá, onde a gente fica pensando se está melhor ou por do que aqui;
Lágrima, sumo que sai pelos olhos quando se espreme um coração;
Loucura, coisa que quem não tem só pode ser completamente louco;
Madrugada, quando vivem os sonhos;
Noiva, moça que geralmente usa branco por fora e vermelho por dentro;
Óbvio, não precisa explicar;
Pecado, algo que os homens inventaram e então inventaram que foi Deus que inventou;
Q, tudo que tem um não sei quê de não sei quê.
Rebolar, o que se tem que fazer para chegar lá;
Segredo, aquilo que você está louco para contar;
Sexo: quando o beijo é maior do que a boca;
Talvez, resposta pior que ¨não¨, uma vez que ainda deixa, meio bamba, uma esperança;
Tanto, um muito que até ficou tonto;
Último, que anuncia o começo de outra coisa;
Único: tudo que, pela facilidade de virar nenhum, pede cuidado;
Vazio, um termo injusto com a palavra nada;
Xingamento é uma palavra ou frase destinada a acabar com a alegria de alguém;
Zíper, fecho que precisa de um bom motivo para ser aberto;

© Adriana Falcão

quinta-feira, 25 de março de 2010

Paciência

No parque, uma mulher sentou-se ao lado de um homem.

Ela disse:
Aquele ali é meu filho, o de suéter vermelho deslizando no escorregador.

- Um bonito garoto - respondeu o homem - e completou: - Aquela de vestido branco, pedalando a bicicleta, é minha filha.

Então, olhando o relógio, o homem chamou a sua filha.

- Clara, o que você acha de irmos?

Mais cinco minutos, pai. Por favor. Só mais cinco minutos!

O homem concordou e Clara continuou pedalando sua bicicleta, para alegria de seu coração.

Os minutos se passaram, o pai levantou-se e novamente chamou sua filha:
- Hora de irmos, agora?

Mas, outra vez Clara pediu:
- Mais cinco minutos, pai. Só mais cinco minutos!

O homem sorriu e disse:
- Está certo!

- O senhor é certamente um pai muito paciente - comentou a mulher ao seu lado.

O homem sorriu e disse:

- O irmão mais velho de Clara foi morto no ano passado por um motorista bêbado,
quando montava sua bicicleta perto daqui. Eu nunca passei muito tempo com meu filho e agora eu daria qualquer coisa por apenas mais cinco minutos com ele.

Eu me prometi não cometer o mesmo erro com Clara.
Ela acha que tem mais cinco minutos para andar de bicicleta.
Na verdade, eu é que tenho mais cinco minutos para vê-lá brincar...

Em tudo na vida estabelecemos prioridades... Quais são as suas?

Lembre-se: nem tudo o que é importante é prioritário, e nem tudo o que é necessário é indispensável!

"Aquele que procura um amigo sem defeitos termina sem amigos."

- Presente de Jéssica Caroso -

quinta-feira, 18 de março de 2010

O ombro amigo

De que matéria e substância é feito um amigo? Como pode um estranho equiparar-se a nosso pai e a nossa mãe, até mesmo sobrepujá-los em lealdade e dedicação? Que amálgama une um amigo a outro? Em que mistura de elementos se alicerça afinal uma amizade? Não há dúvida de que a amizade suplanta o amor por não correr o risco de ser efêmera.

É essa perenidade que diferencia a amizade do amor e a faz mais nobre que o amor.
Quando cessarem todos os recursos, quando ficar de prontidão a voz dos necrológios para gritar que você morreu, ainda restará na última cidadela de proteção um amigo. O amigo é o mais sólido, o mais imarcescível abrigo contra a solidão devastadora.
O grande óbice ao desespero é um amigo, o único obstáculo ao suicídio é um amigo.

Por que ele é amigo, não se saberia dizer. É amigo como um cão fiel, sem motivo, trata-se de uma simples escolha. Há pessoas que nasceram para ser amigos. É da sua natureza ajudar, amparar, estar ao lado, construir, velar, mourejar em pura amizade.
O amor também se diferencia da amizade porque esta é absolutamente desinteressada. O amigo ajuda o outro amigo porque esta é a sua missão, a de dar sentido à vida do outro.

No amor, um dos amantes ama o outro porque a felicidade do outro fá-lo lucrar. Na amizade, um amigo ajuda o outro sem lucrar nada, apenas para ajudar, amparar, diligenciar. Mil vezes, se eu tiver de escolher, preferiria ter um grande amigo a um grande amor. E, se eu tiver um grande amor, ele sobreviverá aos tempos e se tornará perpétuo só no caso de que ele se transforme em uma grande amizade. O amor é temporal, a amizade é eterna.

Se me faltarem todas as forças, se todos os elementos que me mantêm erguido soçobrarem, ainda assim permaneço em vida e prossegue acesa no meu coração a chama da esperança, se um amigo existir. A vida só pode cessar quando faltar um amigo. Um amigo é infinitamente mais útil que a riqueza, o luxo, a fartura e a ostentação. O maior tesouro da vida é um amigo. A maior e mais importante desgraça é a falta de um amigo.

Cultive um amigo, se é que se possa cultivá-lo, se é que essa atração que o move não seja simplesmente natural e espontânea. Agradeça ao seu amigo, embora ele exista independentemente de qualquer agradecimento ou homenagem. Quando se dedica, não está em busca de gratidão, ele só é amigo porque é da sua vocação telúrica a amizade.
Procure saber se você tem, no seu círculo de amizades, um amigo. Se o tiver, só assim a vida terá sentido.

© Paulo Sant’Ana

sexta-feira, 12 de março de 2010

Uma história de amor

John Blanchard levantou do banco, endireitando a jaqueta de seu uniforme e observou as pessoas fazendo seu caminho através da Grand Central Station. Ele procurou pela garota cujo coração ele conhecia mas o rosto não; a garota com a rosa. Seu interesse por ela havia começado trinta meses antes, numa livraria da Flórida.

Tirando um livro da prateleira, ele se pegou intrigado, não com as palavras do livro, mas com as notas feitas a lápis nas margens. A escrita suave refletia uma alma profunda e uma mente cheia de brilho. Na frente do livro, ele descobriu o nome do primeiro proprietário: Srta. Hollis Maynell.

Com tempo e esforço ele localizou seu endereço. Ela vivia em New York City. Ele escreveu a ela uma carta, apresentando-se e convidando-a a corresponder-se com ele. Na semana seguinte ele embarcou num navio para servir na II Guerra Mundial.

Durante o ano seguinte, mês a mês eles desenvolveram o conhecimento um do outro através de suas cartas. Cada carta era uma semente caindo num coração fértil. Um romance de companheirismo.

Blanchard pediu uma fotografia, mas ela recusou. Ela queria que ele realmente se importasse com ela, não importando como ela era, ou sua aparência.

Quando finalmente chegou o dia em que ele retornou da Europa, eles marcaram seu primeiro encontro - 7:00 da noite na Grand Central Station em New York.

Você me reconhecerá, ela escreveu, pela rosa vermelha que estarei usando na lapela.

Então, às 7:00 ele estava na estação, procurando por uma garota cujo coração ele amava, mas cuja face ele nunca havia visto. Vou deixar o Sr.Blanchard dizer-lhe o que aconteceu:

Uma jovem aproximou-se de mim. Sua figura era alta e magra. Seus cabelos loiros caíam delicadamente sobre os seus ombros, seus olhos eram verdes como água. Sua boca era pequena e seus lábios carnudos, e seu queixo tinha uma firmeza delicada. Seu traje verde pálido era como se a primavera tivesse chegado.

Eu me dirigi a ela, inteiramente esquecido de perceber que ela não estava usando uma rosa. Como eu me movi em sua direção, um pequeno, provocativo sorriso, curvou seus lábios. Indo para o mesmo lugar que eu marinheiro?, ela murmurou.

Quase incontrolavelmente dei um passo pra junto dela, e então eu vi Hollis Maynell. Ela estava parada quase que exatamente atrás da garota. Uma mulher já passada dos 50 anos, ela tinha seus cabelos grisalhos enrolados num coque sobre um chapéu gasto.

Ela era mais que gorducha, seus pés compactos confiavam em sapatos de saltos baixos. A garota de verde seguiu seu caminho rapidamente. Eu me senti como se tivesse sido dividido em dois, tão forte era meu desejo de segui-la e tão profunda era o desejo por aquela mulher cujo espírito verdadeiramente me acompanhara e me sustentara através de todos as minhas atribulações.

E então ela parou. Sua face pálida e gorducha era delicada e sensível, seus olhos cinzas tinham um calor e simpatia cintilantes. Eu não hesitei. Meus dedos seguraram a pequena e gasta capa de couro azul do livro que a identificou para mim. Isto podia não ser amor, mas poderia ser algo precioso, talvez mais que amor, uma amizade pela qual eu seria para sempre cheio de gratidão.

Eu inclinei meus ombros, cumprimentei-a mostrando o livro para ela, ainda pensando, enquanto falava, na amargura do meu desapontamento. Sou o Tenente John Blanchard, e você deve ser a Srta. Maynell. Estou muito feliz que tenha podido me encontrar, Posso lhe oferecer um jantar?

O rosto da mulher abriu-se num tolerante sorriso. Eu não sei o que está acontecendo, ela respondeu, aquela jovem de vestido verde que acabou de passar me pediu para colocar esta rosa no casaco. E ela disse que se você me convidasse pra jantar, eu deveria lhe dizer que ela está esperando por você no restaurante de esquina. E ela disse que isso era um tipo de TESTE!

Não parece difícil, pra mim, compreender e admirar a sabedoria da Srta. Maynell.

A verdadeira natureza do coração de uma pessoa é vista na maneira como ela responde ao que não é atraente!!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Abraçando a Imperfeição

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho, muito duro.

Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.

Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado.

Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:

" - Amor, eu adoro torrada queimada..."

Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:

" - Filho, sua mãe teve hoje, um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou um melhor empregado, ou cozinheiro!"

O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.

Que possamos aprender a levar o bem, o mal, as partes feias de nossa vida colocando-as nas mãos de Deus . Porque afinal, ele é o único que poderá lhe dar uma relação na qual uma torrada queimada não seja um evento destruidor."

De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos - e com amigos.

Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas no seu próprio.

As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse. Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir.

terça-feira, 9 de março de 2010

Internautas

Sobrevoadores do Mundo
Essa máquina pequena que tão simples lhe parece,
torna-o responsável por parte do que acontece.

BOATOS

Saiba filtrar as notícias que chegam a você:
Aqui você é responsável pela divulgação do Bem e do mal.

GUERRAS

Se nada pode fazer para impedi-las,
evite ouvir aqueles que alimentam o prosseguimento delas.

HOMENAGENS

Procure sempre divulgar os nomes
daqueles que tornam este mundo
um lugar melhor para se viver.

PRECONCEITOS

Lembre-se que aos olhos do Universo
todos os seres são iguais.

CORAÇÕES

Conserve a consciência de que aqueles
que se ligam virtualmente a
você são pessoas interessadas
em compartilhar sentimentos
tanto quanto você é.
Não as machuque.

LEALDADE

Procure ser merecedor da confiança
depositada em você
por aquele que nunca o viu.

DECEPÇÕES

Lembre-se que o outro não sabe
o que você espera dele.
Muitas vezes perdoe,
assim como você quer ser perdoado.

AMIZADE

Poucos vêm para esta rede
sem pensar em novas amizades.
Seja receptivo ao abraço de novos amigos.

UNIÃO

Esta, sim, é a que faz a força:
A Voz do Internauta é poderosa e deve ser usada
para o Bem de todo o Planeta.


Se Deus permitiu um meio de comunicação como este,
foi porque Ele acreditou
que você poderia cuidar bem dele.

Você é responsável por este presente vindo
diretamente do céu!

© Silvia Schmidt