Frase do dia
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segunda-feira, 28 de março de 2011

Talvez o amor

Talvez o amor seja como um local de descanso, um abrigo da tempestade
Ele existe para te oferecer conforto, ele está lá para te manter aquecido
E naqueles tempos de dificuldade quando você está sozinho,
A lembrança do amor vai te trazer para casa


Talvez o amor seja como uma janela,talvez uma porta aberta,
Ele te convida para chegar mais perto, ele quer te mostrar mais
E mesmo se você perder a si mesmo e não souber o que fazer,
A lembrança do amor vai te acompanhar


O amor para alguns é como uma nuvem, para alguns tão forte como o aço
Para alguns um modo de vida, para alguns um modo de sentir.
E alguns dizem que o amor está persistindo e alguns dizem que está desistindo
E alguns dizem que o amor é tudo e alguns dizem que não sabem...


Talvez o amor seja como o oceano, repleto de conflito, repleto de dor
Como uma chama quando está frio lá fora, um trovão quando chove.
Se eu viver eternamente e todos os meus sonhos tornarem-se realidade,
Minhas lembranças do amor serão sobre você...


E alguns dizem que o amor está persistindo e alguns dizem que está desistindo
E alguns dizem que o amor é tudo e alguns dizem que não sabem


Talvez o amor seja como o oceano, repleto de conflito, repleto de dor
Como uma chama quando está frio lá fora, um trovão quando chove.
Se eu viver eternamente e todos os meus sonhos tornarem-se realidade,
Minhas lembranças do amor serão sobre você...

John Denver & Placido Domingo

sexta-feira, 25 de março de 2011

O poço de Ryan

Ele só tinha seis anos quando a professora da primeira série falou do triste destino de crianças que viviam na áfrica empobrecida e devastada por doenças.

Ryan estremeceu ao saber que centenas de milhares de crianças africanas morrem todos os anos por beberem água contaminada.

A sua escola estava angariando fundos para a áfrica e ele soube que setenta dólares custeariam um poço.

Ao chegar em casa, pediu à mãe o dinheiro e disse porque precisava. A mãe sugeriu que ele fizesse tarefas extras para conseguir a quantia.

Pegou uma folha de papel e desenhou um diagrama contendo trinta e cinco linhas. Para cada dois dólares recebidos, Ryan preenchia uma linha e guardava o dinheiro numa lata vazia de biscoitos.

Começou aspirando o pó da sala, depois lavou as janelas. Seu avô lhe pagou dez dólares, cada saco de lixo que enchesse com as pinhas que caíam no quintal.

Num certo dia de abril de 1998, Ryan entregou a uma organização internacional a sua lata de biscoitos contendo setenta dólares.

A senhora diretora que o atendeu, agradeceu mas explicou que uma bomba manual custava setenta dólares, mas para perfurar um poço eram necessários quase dois mil dólares.

“Então vou trabalhar mais”, disse o menino. Os pais se envolveram e desencadearam uma campanha de doações.

Aos sete anos, Ryan conseguira juntar um pouco mais de setecentos dólares e a quantia que faltava foi completada pela agência de desenvolvimento internacional canadense.

Ryan e seus pais foram convidados para uma reunião com o representante de Uganda na “associação médicos canadenses para auxílio e assistência”, grupo que recolhia os fundos angariados e, com a ajuda dos habitantes das aldeias, construía e mantinha os poços.

Ryan foi abraçado pelo representante Shibru que confirmou ao menino que o poço poderia ser feito perto de uma escola, em um vilarejo ao norte de Uganda.

Mas falou que eram necessárias vinte pessoas trabalhando dez dias para construir um poço com um escavador manual. Uma perfuradora pequena custava vinte e cinco mil dólares.

Disposto a conseguir o dinheiro, o menino teve sua história publicada em um jornal canadense e em dois meses, tinha inspirado sete mil dólares em doações.

Já cursando a segunda série, Ryan e seus colegas de classe passaram a se corresponder com os meninos do vilarejo que seria beneficiado com o poço.

Enquanto isso, Ryan passava horas escrevendo cartas pedindo dinheiro a várias organizações. Finalmente, conseguiu a quantia devida para a compra do equipamento.

Em 27 de julho de 2000 um caminhão transportando Shibru, Ryan e seus pais, desceu a estrada de terra que levava ao pequeno vilarejo.

Cerca de 3 mil crianças aguardavam na beira da estrada, batendo palmas. Os líderes da aldeia receberam Ryan e o levaram até o poço, ao lado da horta da escola. Na base de concreto estava escrito:

Poço de Ryan. Construído por Ryan Hreljac. Para a comunidade da escola elementar.

Naquela noite, na cama, Ryan disse para sua mãe: “estou muito feliz.”

Terminou aquele dia inesquecível com a oração que fazia todas as noites: “desejo que todos na áfrica tenham água limpa.”

Pense nisso!

A fraternidade não conhece fronteiras e o amor desconhece limites.

Aprendamos com Ryan a pensar grande, a ir além. Quem poderia imaginar que um menino de seis anos poderia fazer tanto?

Permitamo-nos o contágio do bem, com essa vontade de auxiliar, com esse sentimento de se importar com o outro, mesmo que lhe desconheçamos o nome. Mesmo que só o que ele necessite seja de um copo de água limpa e fresca, para se manter vivo.

Texto de responsabilidade da equipe de redação do momento espírita,
a partir do artigo “o poço de Ryan”, da revista Seleções do Reader’s Digest de dezembro 2001

quarta-feira, 23 de março de 2011

Em favor dos animais

Vós, que vedes luzes nestas letras que traçam a evolução espiritual, tende compaixão dos pobres animais!

Sede bons para com eles, como desejais que o Pai Celestial vos cerque de carinho e de amor! Não encerreis os pássaros em gaiolas... Renunciai às caçadas... Acariciai os vossos animais! Dai-lhes remédios na enfermidade e repouso na velhice!

Lembrai-vos de que os animais são seres vivos, que sentem, que pensam, que se cansam, que têm força limitada, que adoecem, que envelhecem...

Os animais são vossos companheiros de existência terrestre! Como vós, eles vieram progredir, estudar, aprender! Sede seus anjos tutelares... Sede benevolentes para com eles, como é benevolente, para com todos, o nosso Pai que está nos céus!


© Cairbar Schutel

segunda-feira, 14 de março de 2011

A tranquilidade das ovelhas

A noite estava escura, céu sem estrelas. De vez em quando ouvia-se o uivo de um lobo bem longe, misturado com o barulho do vento. As crianças reunidas na tenda do Mestre Benjamin estavam com medo. Mestre Benjamim sentiu o medo nos seus olhos. Foi então que uma delas perguntou:
- Mestre Benjamim, há um jeito de não ter medo? Medo é tão ruim!
Mestre Benjamim respondeu:
- Há sim... E ficou quieto.
Veio então a outra pergunta:
- E qual é esse jeito?
- É muito fácil. É só pensar como as ovelhas pensam...
- Mas como é que vou saber o que as ovelhas estão pensando?
Mestre Benjamim respondeu:
- Quando durante a noite, as ovelhas estão deitadas na pastagem, os lobos estão à espreita. E eles uivam. As ovelhas têm medo. Mas aí, misturado ao uivo dos lobos, elas ouvem a música mansa de uma flauta. É o pastor que cuida delas e não dorme nunca. Ouvindo a música da flauta elas pensam:
Há um pastor que me protege. Ele me leva aos lugares de grama verde e sabe onde estão as fontes de águas límpidas. Uma brisa fresca refresca a minha alma. Durante o dia ele me pega no colo e me conduz por trilhas amenas. Mesmo quando tenho de passar pelo vale escuro da morte eu não tenho medo. A sua mão e o seu cajado me tranqüilizam. Enquanto os lobos uivam, ele me dá o que comer. Passa óleo perfumado na minha cabeça para curar minhas feridas. E me dá água fresca para sarar o meu cansaço. Com ele não terei medo, eternamente... (Salmo 23, paráfrase)
Mestre Benjamim parou de falar. Os olhos de todas as crianças estavam nele. Foi então que uma delas levantou a mão e perguntou:
- E os lobos? Eles vão embora? Eles morrem?
- Os lobos continuam a uivar. E continuam a ser perigosos. O pastor não consegue espantar todos eles. E por vezes eles atacam e matam. Mas as ovelhas, ouvindo a música da flauta do pastor dormem sem medo, não porque não haja mais perigo, mas a despeito do perigo. Não há jeito de acabar com o perigo. Mas há um jeito de acabar com o medo. Coragem é isso: dormir sem medo a despeito do perigo...
As crianças voltaram para suas tendas e dormiram sem medo, pensando nos pensamentos das ovelhas. De vez em quando, lá fora, ouvia-se o uivo de um lobo faminto. Desde então, tornou-se costume contar ovelhinhas para dormir.

Texto de Rubem Alves, do livro:
“Perguntaram-me se acredito em Deus”