Frase do dia
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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Causas mentais da felicidade



A dificuldade de uma visão puramente materialista da vida é que, além de ignorar toda uma dimensão da mente, ela não lida efetivamente com os problemas desta vida. Uma mente materialista é uma mente instável, porque sua felicidade é construída com circunstâncias físicas transitórias. Doenças mentais afetam tanto ricos quanto pobres, o que é uma indicação clara das limitações dessa abordagem.
     
Embora seja essencial manter uma base material razoável para viver, a ênfase na vida de uma pessoa deve ser cultivar as causas mentais e espirituais da felicidade. A mente humana é muito poderosa e nossas necessidades mundanas não são tão grandes a ponto de exigirem toda nossa atenção, especialmente levando em conta que o sucesso material soluciona tão poucos dos muitos desafios e problemas com que homens e mulheres se defrontam durante suas vidas, e ele não será de nenhuma ajuda na morte.
     
Por outro lado, se uma pessoa cultivar qualidades espirituais como harmonia mental, humildade, desapego, paciência, amor, compaixão, sabedoria e assim por diante, então a pessoa fica equipada com uma força e inteligência capaz de lidar efetivamente com os problemas desta vida; e como a riqueza que ela está acumulando é mental em vez de material, não terá que ser deixada para trás com a morte. Não será preciso entrar no estado pós-morte de mãos vazias.

  © Tenzin Gyatso

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Medindo as riquezas do ser humano

“Tenho a intenção de processar a revista "Fortune", porque fui vítima de uma omissão inexplicável. Ela publicou uma lista dos homens mais ricos do mundo, e nesta lista eu não apareço. Aparecem: o sultão de Brunei, os herdeiros de Sam Walton e Mori Takichiro.  Incluem personalidades como a rainha Elizabeth da Inglaterra, Niarkos Stavros, e os mexicanos Carlos Slim e Emilio Azcarraga.

Mas eu não sou mencionado na revista.

E eu sou um homem rico, imensamente rico. Como não?  Vou mostrar a vocês:

Eu tenho vida, que eu recebi não sei porquê, e saúde, que conservo  não sei como.

Eu tenho uma família, esposa adorável, que ao me entregar sua vida me deu o melhor para a minha; filhos maravilhosos, dos quais só recebi felicidades; e netos com os quais pratico uma nova e boa paternidade.

Eu tenho irmãos que são como meus amigos, e amigos que são como meus irmãos.

Tenho pessoas que sinceramente me amam, apesar dos meus defeitos, e a quem amo apesar dos meus defeitos.

Tenho quatro leitores a cada dia para agradecer-lhes porque eles lêem o que eu mal escrevo.

Eu tenho uma casa, e nela muitos livros (minha esposa iria dizer que tenho muitos livros e entre eles uma casa).

Eu tenho um pouco do mundo na forma de um jardim, que todo ano me dá maçãs e que iria reduzir ainda mais a presença de Adão e Eva no Paraíso.

Eu tenho um cachorro que não vai dormir até que eu chegue, e que me recebe como se eu fosse o dono dos céus e da terra.

Eu tenho olhos que vêem e ouvidos para ouvir, pés para andar e mãos que acariciam; cérebro que pensa coisas que já ocorreram a outros, mas que para mim não haviam ocorrido nunca.

Eu sou a herança comum dos homens: alegrias para apreciá-las e compaixão para irmanar-me aos irmãos que estão sofrendo.

E eu tenho fé em Deus que vale para mim amor infinito.

Pode haver riquezas maiores do que a minha? Por que, então, a revista "Fortune" não me colocou na lista dos homens mais ricos do planeta? "

E você, como se considera? Rico ou pobre?

© Catón, jornalista mexicano. 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Minimamente feliz

A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida.

Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.

Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.

'Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', sou adepta da felicidade homeopática. 'Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a fechar (ufa!) ou se pego um congestionamento muito menor do que eu esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.

Alguns crescem esperando a felicidade com maiúsculas e na primeira pessoa do plural: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo do lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos, Agora, se descobre que dá pra ser feliz no singular: 'Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível'.

Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado, ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com pessoas inteligentes'.

Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.

Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra 'quando'. Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje.

Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?
Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades.

Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam.

Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera.


© Leila Ferreira
é uma jornalista mineira. Formada em Letras e Jornalismo, com mestrado em Comunicação pela Universidade de Londres. Colaboradora da revista Marie Claire, autora do livro “Mulheres: por que será que elas…?”, foi repórter da Rede Globo Minas por cinco anos, apresentou o programa “Leila Entrevista”, que produziu 13 séries internacionais e por onde passaram mais de 1,6 mil entrevistados.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Da gente que eu gosto

Eu gosto de gente que vibra, que não tem de ser empurrada, que não tem de dizer que faça as coisas, mas que sabe o que tem que fazer e que faz. A gente que cultiva seus sonhos até que esses sonhos se apoderam de sua própria realidade.

Eu gosto de gente com capacidade para assumir as consequências de suas ações, de gente que arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, que se permite, abandona os conselhos sensatos deixando as soluções nas mãos de Deus.

Eu gosto de gente que é justa com sua gente e consigo mesma, da gente que agradece o novo dia, as coisas boas que existem em sua vida, que vive cada hora com bom animo dando o melhor de si, agradecido de estar vivo, de poder distribuir sorrisos, de oferecer suas mãos e ajudar generosamente sem esperar nada em troca.

Eu gosto da gente capaz de me criticar construtivamente e de frente, mas sem me lastimar ou me ferir. Da gente que tem tato. Gosto da gente que possui sentido de justiça. A estes chamo de meus amigos.

Eu gosto da gente que sabe a importância da alegria e a pratica. Da gente que por meio de piadas nos ensina a conceber a vida com humor. Da gente que nunca deixa de ser animada.

Eu gosto de gente sincera e franca, capaz de se opor com argumentos razoáveis a qualquer decisão.
Gosto de gente fiel e persistente, que no descansa quando se trata de alcançar objetivos e idéias.

Eu gosto da gente de critério, a que não se envergonha em reconhecer que se equivocou ou que não sabe algo. De gente que, ao aceitar seus erros, se esforça genuinamente por não voltar a cometê-los. De gente que luta contra adversidades. Gosto de gente que busca soluções.

Eu gosto da gente que pensa e medita internamente. De gente que valoriza seus semelhantes, não por um estereotipo social, nem como se apresentam. De gente que não julga, nem deixa que outros julguem. Gosto de gente que tem personalidade.

Eu gosto da gente que é capaz de entender que o maior erro do ser humano é tentar arrancar da cabeça aquilo que não sai do coração.

A sensibilidade, a coragem, a solidariedade, a bondade, o respeito, a tranqüilidade, os valores, a alegria, a humildade, a fé, a felicidade, o tato, a confiança, a esperança, o agradecimento, a sabedoria, os sonhos, o arrependimento, e o amor para com os demais e consigo próprio são coisas fundamentais para se chamar GENTE.

Com gente como essa, me comprometo, para o que seja, pelo resto de minha vida... já que, por tê-los junto de mim, me dou por bem retribuído.

Impossível ganhar sem saber perder.
Impossível andar sem saber cair.
Impossível acertar sem saber errar.
Impossível viver sem saber reviver.

A glória não consiste em não cair nunca, mas em levantar-se todas as vezes que seja necessário.

E ISSO É ALGO QUE MUITO POUCA GENTE
TEM O PRIVILÉGIO DE PODER EXPERIMENTAR.

Bem aventurados aqueles que já conseguiram receber com a mesma naturalidade o ganhar e o perder, o acerto e o erro, o triunfo e a derrota...

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Marionete de trapo

“Se, por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marionete de trapo e me presenteasse com um pedaço de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas certamente, pensaria tudo o que digo.

Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais, pois sei que cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz.

Andaria quando os demais parassem, acordaria quando os outros dormem. Escutaria quando os outros falassem e gozaria um bom sorvete de chocolate. Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida, vestir-me-ia com simplicidade, deitar-me-ia de bruços no solo, deixando a descoberto não apenas o meu corpo, como minha alma. Deus meu, se eu tivesse um coração, escreveria o meu ódio sobre o gelo e esperaria que o sol saísse.

Pintaria, com um sonho de An Godo, sobre estrelas, um poema de Mário Benedetti e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à Lua. Regaria as rosas com as minhas lágrimas para sentir a dor dos espinhos e o encarnado beijo das suas pétalas.

Deus meu, se eu tivesse um pedaço de vida, não deixaria passar um só dia sem dizer às gentes: amo-vos, amo-vos. Convenceria cada mulher e cada homem que são os meus favoritos e viveria apaixonado pelo amor. Aos homens, provar-lhes-ia como estão enganados ao pensarem que deixam de apaixonar-se quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de apaixonar-se.

A uma criança, dar-lhe-ia asas, mas deixaria que aprendesse a voar sozinha.
Aos velhos, ensinaria que a morte não chega com a velhice, mas com o esquecimento. Tantas coisas aprendi com vocês, os homens... Aprendi que toda a gente quer viver no cimo da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpa.

Aprendi que quando um recém-nascido aperta, com a sua pequena mão, pela primeira vez, o dedo de seu pai, o torna prisioneiro para sempre. Aprendi que um homem só tem direito de olhar um outro de cima para baixo para ajuda-lo a levantar-se. São tantas coisas que pude aprender com vocês, mas, finalmente, não poderão servir muito porque quando me olharem dessa maleta, infelizmente estarei morrendo” (...)

© Johnny Welch

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O elo de ligação entre duas pessoas

Na estrada de minha casa há um pasto. Dois cavalos vivem lá. De longe, parecem cavalos como os outros cavalos, mas, quando se olha bem, percebe-se que um deles é cego. Contudo, o dono não se desfez dele e arrumou-lhe um amigo – um cavalo mais jovem. Isso já é de se admirar...

Se você ficar observando, ouvirá um sino... Procurando de onde vem o som, você verá que há um pequeno sino no pescoço do cavalo menor. Assim, o cavalo cego sabe onde está seu companheiro e vai até ele. Ambos passam os dias comendo e no final do dia o cavalo cego segue o companheiro até o estábulo.

E você percebe que o cavalo com o sino está sempre olhando se o outro o acompanha e, às vezes, pára para que o outro possa alcançá-lo. O cavalo cego guia-se pelo som do sino, confiante que o outro o está levando para o caminho certo.

Como o dono desses dois cavalos, Deus não se desfaz de nós só porque não somos perfeitos, ou porque temos problemas ou desafios. Ele cuida de nós e faz com que outras pessoas venham em nosso auxílio quando precisamos. Algumas vezes somos o cavalo cego guiado pelo som do sino daqueles que Deus coloca em nossas vidas. Outras vezes, somos o cavalo que guia, ajudando outros a encontrar seu caminho...

E assim são os bons amigos. Você não precisa vê-los, mas eles estão lá.

Se Você estiver ouvindo o meu sino, tenha certeza que eu também ouvirei o seu...

Viva de maneira simples… Ame generosamente… Cuide com devoção… Fale com bondade… Pense antes de agir para não se arrepender...

- Presente de Juliana Mendes