Frase do dia
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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Problemas

Ah! Se viver fosse fácil
não teríamos tantas dores e problemas espalhados
em todos os cantos do planeta.

A dor visita a cada uma das pessoas com tarefas que às vezes,
a primeira vista,
parecem injustas demais,
mas que acabam sendo necessárias para o amadurecimento
do ser humano.

Problemas são
como as folhas de uma árvore imensa que sempre vão cair,
de uma maneira ou outra,
num ciclo sem fim,

O que muda é a forma como recolhemos essas folhas,
ou como tratamos os problemas,
pois muitas vezes
deixamos as folhas acumularem-se pelo chão,
sem dar importância devida
para o monte que vai se formando,
e quando vemos,
as folhas já tomaram conta
do chão,
dos cantos,
frestas e
até dos quintais vizinhos.

Junte as folhas diariamente,
cate seus problemas
e resolva-os,

Remova diariamente tudo
o que não serve mais,
separando o que é importante
e o que não é.

Folhas muito secas
podem ser queimadas rapidamente,
assim como os problemas pequenos,
que muitas vezes
damos importância demais,
aumentando-os sem ao menos
pensar em uma solução,
paralisados pelo medo.

Não espere o Outono chegar
e derrubar todas as folhas de uma vez,

Mantenha seu jardim da vida
sempre limpo,
cultive flores (otimismo),
regue com bom humor,
espalhe as sementes (caridade)
por todos os jardins,
e receba da própria natureza
os lucros de sua dedicação:
cheiro de terra molhada,
cores e perfumes das flores,
frutos que alimentam
e paz que preenchem o espírito.

Problemas são folhas de árvores,
você é o jardineiro
e Deus o semeador da vida,
e a vida pede cuidados diários.

® Paulo Roberto Gaefke

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O Grito

Cenário: Pai trabalhador e filho estudante dentro do carro a caminho da escola.

Filho: - Pai, já que roubaram o som do carro, vamos conversar um pouco?
Pai: - Claro, filho.
Filho: - Pai, o que é inclusão social?
Pai: - Bom filho, é que muitas pessoas têm muito e outras nada têm, a inclusão consiste em dar direitos iguais a todos.
Filho: - Ah tá, os integrantes do MST são um exemplo de excluídos, né?
Pai: - Isso, filho.
Filho: - Pai, o que eu devo ser quando crescer?
Pai: - Bom, primeiro escolha uma profissão que você goste, depois estude muito, mas muito mesmo, e depois trabalhe muito mais, dia e noite, só assim você será alguém na vida.
(Atrasados para a escola, o pai pára sobre a faixa de pedestres e é multado, além de ser maltratado pelo policial).
Filho: - Pai, o que houve?
Pai: - Fomos multados, filho.
Filho: - Mas por quê?
Pai: - Porque estávamos bloqueando a passagem, filho.
(Um pouco adiante o trânsito pára, a marcha do MST está passando).
Filho: - Pai, por que eles estão bloqueando nosso caminho?
Pai: - É a marca do MST, filho.
Filho: - Ah tá, e aqueles policiais estão multando eles, né?
Pai: - Não filho, estão escoltando eles.
Filho: - Ué, mas nós estávamos bloqueando a passagem e fomos multados e maltratados, e eles estão bloqueando tudo e são escoltados?
Pai: (silêncio)
Filho: - E o que é aquilo ali?
Pai: - É o refeitório deles.
Filho: - Ah sei, lá eles gastam aqueles vales-refeição iguais aos seus, que ganha da empresa na qual trabalha.
Pai: - Não, filho, o governo paga a alimentação pra eles.
Filho: - Ué, e por que não paga pra você também?
Pai: (silêncio)
Filho: - E aquela ambulância lá? Ah, já sei, é por causa do plano de saúde que eles pagam, né, como você paga pra poder ter assistência médica, né?
Pai: - Não, filho, eles não pagam plano de saúde.
Filho: - Ué, não entendi.
Pai: - É o governo que está pagando essas ambulâncias que você está vendo.
Filho: - E por que você paga plano de saúde então?
Pai: (silêncio)
Filho: - Por que a maioria deles está com rádio?
Pai: - Porque o governo doou 10.000 radinhos pra eles se comunicarem.
Filho: - Pô, e a gente sem som no carro, e você fala que precisa trabalhar pra comprar outro, vamos pedir pro governo então.
Pai: - Eles não nos dariam, filho.
Filho: - Ah, já sei. Você reclama que paga 40% de tudo que ganha pro governo, mas com certeza eles pagam muito mais, né? Eles têm todas essas regalias!
Pai: - Não, filho, eles não pagam nada.
Filho: - Como assim!?
Pai: (pensativo, em silêncio).
Filho: - Pai, quero parar pra falar com eles.
Pai: - Não adianta filho, eles só falam através de assessor de imprensa.
Filho: - Que legal!, vamos contratar um assessor de imprensa pra nós, pai?
Pai: - Filho, isso é muito caro, eu precisaria trabalhar o triplo do que trabalho, pra poder pagar um assessor de imprensa.
Filho: - Mas eles nem trabalham e têm?
Pai: - Mas é o governo que paga, filho.
Filho: - Pai, não foram eles que invadiram um prédio público e fizeram a maior bagunça?
Pai: - Foram sim, filho
Filho: - E o que aconteceu com eles?
Pai: - Nada, filho
Filho: - E por que eu fiquei de castigo e levei uma baita bronca porque quebrei a lâmpada do poste jogando bola?
Pai: - Porque você tem que cuidar e respeitar o patrimônio público, filho.
Filho: - E eles não precisam?
Pai: (silêncio)
Filho: - Pai, vamos com eles?
Pai: - Claro que não, filho, você precisa estudar e eu preciso trabalhar.
Filho: - O que?? Pode parar, eu vou com eles, aprendi que os excluídos somos nós, quero minha inclusão já!!!
(desce do carro e se junta à passeata).
Pai: (silêncio)

Façamos um exercício de reflexão e imaginemo-nos tendo que explicar essas coisas para as crianças.. Você não se sente enganado, roubado e humilhado por estes políticos corruptos que nos governam? Você já parou para pensar que nós trabalhamos mais ou menos 4 meses por ano só pra pagar impostos?!?


® Vitor Assis Brasil

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

As 4 Loucuras da Sociedade

A revista Isto É publicou uma excelente entrevista com Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional. Uma das perguntas desta entrevista, e a respectiva resposta, você verá a seguir. Medite sobre ela.

ISTO É – Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus, isso é verdade?

Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da sociedade:

A primeira, é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais.

A segunda loucura é: Você tem de estar feliz todos os dias.

A terceira é: Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo.

Por fim, a quarta loucura: Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe. Não há um caminho único para se fazer as coisas.

As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito.

Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo a praia ou ao cinema.

Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz:

"Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz". Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas.

Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, ou por não ter comprado isto ou aquilo, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.

Todos, na hora da morte.... ”dizem se arrepender de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.”... ....”aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas”....

Pense.... medite.... Alguma coisa parece semelhante em tua vida?

Boa noite queridos Amigos e Amigas.

Presente de Ismary

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O Desconhecido Tatuado

Ele era assustador. Sentado na grama com seu cartaz de papelão, seu cão (realmente seu cão era adorável) e tatuagens por ambos os braços e pescoço. Seu cartaz anunciava que estava cansado e com fome e pedia ajuda.

Eu me sinto compelida a ajudar qualquer um que necessite. Meu marido, ao mesmo tempo, adora e odeia esta minha "qualidade". Isto, freqüentemente, o faz nervoso, e eu sabia que se me visse naquele momento, ele ficaria nervoso. Mas ele não estava comigo.

Eu arranquei vagarosamente a camionete e através do retrovisor, contemplei aquele homem, com tatuagem e tudo. Talvez quarenta anos... Usava uma daquelas bandanas amarrada sobre a cabeça, estilo pirata. Qualquer um poderia ver que ele estava sujo e tinha a barba bagunçada. Mas se você olhasse bem de perto, veria que suas coisas estavam bem organizadas em um pequeno pacote. Ninguém parava para ele. Eu via que os outros motoristas davam uma rápida olhada e já prestavam atenção em outra coisa - qualquer outra coisa.

Estava muito quente. Eu podia ver nos olhos do homem como deprimido e cansado se sentia. O suor escorrendo pelo rosto, enquanto eu estava com o ar condicionado ligado.

Eu peguei minha bolsa e tirei uma nota de dez dólares. Nick, meu filho mais velho, com doze anos, sabia exatamente o que eu estava querendo fazer.
- Posso levar para ele, mãe?
- Sim, mas tenha cuidado. Eu o adverti e lhe entreguei o dinheiro. Eu prestei atenção, pelo espelho, enquanto meu filho se aproximou do homem, e com um sorriso tímido, lhe entregou o dinheiro.
Eu vi o homem, assustado, levantar-se, pegar o dinheiro e guardar no bolso de trás.
- Bem, - Pensei comigo mesma - pelo menos agora ele poderá comer alguma coisa.

Me senti satisfeita e orgulhosa de mim mesma. Eu tinha feito uma boa ação e agora eu poderia continuar meu dia.

Quando Nick voltou ao carro, olhou-me com tristeza, os olhos suplicantes,
- Mãe, o cachorrinho está com muito calor.

Eu sabia que tinha que fazer mais.
E pedi à Nick,
- Volte e diga-lhe para ficar por ali, estaremos de volta em 15 minutos.

Nick saiu do carro e correu até o desconhecido tatuado.
Eu pude notar como o homem estava surpreso. Mas concordou. Corremos até o supermercado mais próximo. Compramos alguma comida; um saco de ração e uma vasilha para água para o cachorrinho; duas garrafas de água (uma para o cão, uma para o Sr. Tatuagem) e mais alguns biscoitos para o homem.

Voltamos rapidamente ao ponto onde o deixamos, e lá estava ele, esperando imóvel. E ninguém mais parava para ele. Com as mãos tremendo, eu agarrei os sacos e sai do carro, todas as minhas quatro crianças seguiram-me, cada uma carregando um "presente". Enquanto andávamos até ele, eu tive um pequeno receio: e se ele for perigoso?

Quando olhei em seus olhos vi algo que me assustou e me deixou envergonhada por meu julgamento. Eu vi lágrimas. Ele lutava, como um menino, para segurar as lágrimas.

Há quanto tempo ninguém mostra alguma bondade com este homem? Eu disse a ele que eu esperava que não estivesse muito pesado para ele carregar e mostrei o que tínhamos trazido. Ele parecia uma criança no Natal. Quando peguei a vasilha para água, ele a arrebatou de minhas mãos como se fosse ouro e me disse que não tinha como dar água a seu cão.

Meus olhos encheram-se de lágrimas quando ele disse
- Madame, eu nem sei o que dizer.
Então colocou as mãos sobre a cabeça e começou a chorar. Este homem, este homem "assustador", era tão delicado, tão doce, tão humilde.

Eu sorri, me segurando e disse
- Simplesmente não diga nada.

Enquanto nos afastávamos, pude percebê-lo ajoelhado, os braços em torno de seu cão, beijando seu focinho e sorrindo.

Eu tenho tanto... Minhas preocupações agora me parecem tão tolas e insignificantes.
Eu tenho um lar, um bom marido, quatro belas e sadias crianças.
Eu tenho uma cama confortável.
Eu gostaria de saber onde aquele homem dormiria à noite.

Minha filha, Brandie virou-se para mim e disse com a voz muito doce,
- Mãe, estou me sentindo tão bem...

Embora pareça que nós tenhamos ajudado, o homem com suas tatuagens é que nos deu um presente do qual jamais me esquecerei.

Ele ensinou que não importa a aparência, dentro de cada um de nós existe um ser humano merecedor de bondade, de compaixão, de aceitação.

A cada noite eu oro para o homem com as tatuagens e seu cão.
E eu espero que, ao longo de minha vida, Deus envie mais pessoas como ele para me lembrar do que é realmente importante.

© Susan Farr Fahncke
© Tradução: SergioBarros

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A Maior Bronca

Tínhamos uma aula de fisiologia na Escola de Medicina logo após a Semana da Pátria. Como a maioria dos alunos havia viajado aproveitando o feriado prolongado, todos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e assim a excitação era geral. Um velho professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio. Com grande dose de paciência tentou começar a aula, mas você acha que a turma correspondeu? Que nada!

Com um certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente. Não adiantou, ignoramos a solicitação e continuamos firmes na conversa. Foi aí que o velho professor perdeu a paciência e deu a maior bronca que eu já presenciei.

Veja o que ele disse:

"Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez. Desde que comecei a lecionar, isso já faz muitos anos, descobri que nós professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que de cada cem alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença no futuro. Apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de uma forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Os outros 95% servem apenas para fazer volume. São medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil. O interessante é que esta porcentagem vale para todo mundo. Se vocês prestarem atenção, notarão que de cem professores apenas cinco são aqueles que fazem a diferença; de cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais; e podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cinco são realmente especiais.

É uma pena muito grande não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível, eu deixaria apenas os alunos especiais nessa sala e colocaria os demais para fora, então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranqüilo sabendo ter investido nos melhores. Mas infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é capaz de mostrar isso.

Portanto terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto. Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos a aula de hoje."

Nem preciso dizer sobre o silêncio que ficou na sala e no nível de atenção que o professor conseguiu após aquele discurso. Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas de Fisiologia durante todo o semestre: afinal, quem gostaria de espontaneamente ser classificado como fazendo parte do resto?

Hoje não me lembro muita coisa das aulas Fisiologia, mas a bronca do professor eu nunca mais esqueci. Para mim, aquele professor foi um dos 5% que fizeram a diferença em minha vida. De fato percebi que ele tinha razão e, desde então, tenho feito de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não há como saber se estamos indo bem ou não: só o tempo dirá a que grupo pertencemos.

Contudo, uma coisa é certa: se não tentarmos ser especiais em tudo que fazemos, se não tentarmos fazer tudo o melhor possível, seguramente sobraremos na turma do resto.

Bom dia!!!
Desconheço a autoria.