Frase do dia
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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Feliz por nada

Geralmente, quando uma pessoa exclama “Estou tão feliz!”, é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava ou algo do tipo. Há sempre um porquê. Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingimento de metas. Muito melhor é ser feliz por nada.

Digamos: feliz porque ainda é abril e temos longos oito meses para fazer de 2010 um ano memorável. Feliz por estar com as dívidas pagas. Feliz porque se achou bonita. Feliz porque existe uma perspectiva de uma viagem daqui a alguns meses. Feliz porque você não magoou ninguém hoje. Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há melhor lugar no mundo do que sua cama.

Esquece. Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.

Feliz por nada, nada mesmo?

Talvez passe pela total despreocupação com essa busca. Essa tal de felicidade inferniza. “Faça isso, faça aquilo”. A troco? Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho?

Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros. Mas não estando alegre, é possível ser feliz também. Não estando “realizado”, também. Estando triste, felicíssimo igual. Porque felicidade é calma. Consciência. Felicidade é ter talento para aturar, é divertir-se com o imprevisto, transformar as zebras em piadas, assombrar-se positivamente consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer comigo? Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.

Benditos os que conseguem se deixar em paz. Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos. Apenas fazem o melhor que podem.

Se quiser ser mestre em alguma coisa, tente ser mestre em esquecer de você mesmo. Liberte-se de tanto pensamento, de tanta procura por adequação e liberdade. Ser uma pessoa adequada e livre – simultaneamente! – é uma senhora ambição. Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?

E tempo esgotado para o questionário de Proust, essa mania de ter que responder quais são seus defeitos, suas qualidades, sua cor preferida. Chega de se autoconhecer! Você já está aqui, já tem seu jeito, já carimbou seu estilo e assumiu que é um imperfeito bem intencionado.

Feliz por nada talvez seja isso.

© Martha Medeiros

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Borboletas

Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.

As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.

Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.

As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.

O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

© Mario Quintana

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Para que serve o horizonte

Certa vez alguém chegou no céu e pediu pra falar com Deus porque, segundo o seu ponto de vista, havia uma coisa na criação que não tinha nenhum sentido...

Deus o atendeu de imediato, curioso por saber qual era a falha que havia na Criação.

- Senhor Deus, sua criação é muito bonita, muito funcional, cada coisa tem sua razão de ser... mas no meu ponto de vista, tem uma coisa que não serve para nada - disse aquela pessoa para Deus.

- E que coisa é essa que não serve para nada? - perguntou Deus.

- É o horizonte. Para que serve o horizonte? Se eu caminho um passo em direção ao horizonte, ele se afasta um passo de mim. Se caminho dez passos, ele se afasta outros dez passos.
Se caminho quilômetros em direção ao horizonte, ele se afasta os mesmos quilômetros de mim... Isso não faz sentido! O horizonte não serve pra nada.

Deus olhou para aquela pessoa, sorriu e disse:
- Mas é justamente para isso que serve o horizonte... "para fazê-lo caminhar"

domingo, 2 de maio de 2010

O Poder das Palavras

Num lugar por onde passavam muitas pessoas, um mendigo sentava-se na calçada e ao lado colocava uma placa com os dizeres:

Vejam como sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem humorado.

Alguns passantes o olhavam intrigados, outros o achavam doido e outros até lhe davam dinheiro. Todos os dias, antes de dormir, ele contava o dinheiro e notava que a cada dia a quantia era maior. Numa bela manhã, um importante e arrojado executivo, que já o observava há algum tempo, aproximou-se e disse:

- Você é muito criativo! Não gostaria de colaborar numa campanha da empresa?

Vamos lá. Só tenho a ganhar, respondeu o mendigo.

Após um caprichado banho e com roupas novas, foi levado para a empresa. Daí para frente sua vida foi uma sequência de sucessos e ele se tornou um dos sócios majoritários.

Numa entrevista coletiva a imprensa, ele esclareceu como conseguiria sair da mendicância para tão alta posição:

- Bem, houve uma época em que eu costumava me sentar nas calçadas com uma placa ao lado, que dizia: Sou um nada neste mundo! Ninguém me ajuda! Não tenho onde morar! Sou um homem fracassado e maltratado pela vida! Não consigo um misero emprego que me renda alguns trocados! Mal consigo sobreviver! As coisas iam de mal a pior quando, certa noite, achei um livro e nele atentei para um trecho que dizia: Tudo que você fala a seu respeito vai se reforçando. Por pior que esteja a sua vida, diga que tudo vai bem. Por mais que você não goste da sua aparência, afirme-se bonito. Por mais pobre que seja você, diga a si mesmo e aos outros que você é próspero.

Aquilo me tocou profundamente e, como nada tinha a perder, decidi trocar os dizeres da placa para:

Vejam como sou feliz! Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem humorado.

E a partir desse dia tudo começou a mudar, a vida me trouxe a pessoa certa para tudo o que eu precisava, até que cheguei onde estou hoje. Tive apenas que entender o poder das palavras.

O universo sempre apoiará tudo o que dissermos, escrevermos ou pensarmos a nosso respeito e isso acabará se manifestando em nossa vida como realidade.

Enquanto afirmarmos que tudo vai mal, que nossa aparência é horrível, que nossos bens materiais são ínfimos, a tendência é que as coisas fiquem pior ainda, pois o universo as reforçará. Ele materializa em nossa vida todas as nossas crenças.

Uma repórter, ironicamente, questionou:

- O senhor está querendo dizer que algumas palavras escritas numa simples placa modificaram a sua vida?

Respondeu o homem, cheio de bom humor:
- Claro que não, minha ingênua amiga! Primeiro eu tive que acreditar!

- Presente de Taty -

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Pessoas Inteligentes

Há coisas que fazem sentido colocar num blog e esta faz todo o sentido!!

“Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, vivia de pequenos biscates e esmolas.
Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 25 centavos e outra menor, de 50 centavos.

Ele escolhia sempre a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.

Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não tinha percebido que amoeda maior valia menos.
'Eu sei' - respondeu o tolo assim: 'Ela vale duas vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar a minha moeda'.

Pode-se tirar várias conclusões dessa pequena narrativa.
A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.
A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?
A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.

Mas a conclusão mais interessante é:
A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.
Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos.